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Discurso do Senador Requião como Co-Presidente da Eurolat

Bruxelas, 04 de junho de 2015

Senador Roberto Requião (Parlasul/Brasil)

Co-Presidente da Eurolat – Assembléia Parlamentar Euro-Latinoamericana

Profundamente honrado com a distinção de ocupar esta co-presidência e depois desta dura e produtiva jornada, que acabamos de cumprir, sei que a gentileza do orador é a clareza e a brevidade. Pretendo ser claro e certamente rápido neste pronunciamento.

É certo enquanto aqui estamos aqui reunidos, a economia do planeta está em crise.

Depois das concessões feitas pelo capital ao Estado social no pós-guerra, veio a reação.

O desespero pelo lucro a qualquer custo caminha no sentido da precarização do trabalho e reduz os parlamentos a meros espectadores dos “técnicos”, administradores de ajustes fiscais.

O Estado minimizado é o “gendarme”, responsável apenas pela segurança interna.

Os técnicos especialistas em economia administram para o capital financeiro, conforme a crítica dura e clara do Papa Francisco. Para os povos, desemprego, aumento de impostos, o que se alia à precarização do trabalho.

Penso que a crise no Mundo tenha levado à precarização das nossas instituições parlamentares e democráticas. Este é o preço que a degradação econômica cobra das nações: deterioração das já frágeis democracias.

Não há como termos instituições fortes, não há como imaginarmos democracias vigorosas, à prova de golpes e contra golpes, eleições livres e partidos representativos sem parlamentos comungando com interesses populares e nacionais, sem judiciários absolutamente livres de injunções. O mercado não pode dar as cartas.

Ontem um parlamentar europeu me contava um encontro entre um líder político ligado ao mercado e o presidente da China. O líder expunha a opinião de seus notáveis economistas. E o presidente dizia que elas deveriam ser levadas em consideração. No entanto, com firmeza acrescentava: “Agora vamos ouvir as nossas opiniões”

Construiremos as solidariedades e as parcerias, alicerçaremos a bilateridade com a Europa à medida em que livrarmos nossos países do domínio absoluto do mercado.

E isto não será um ato isolado.

Esta construção se dará no parlamento valorizado, onde escutaremos as opiniões dos economistas, as levaremos em consideração, mas onde vai prevalecer nossa opinião, suportada no estreito contato com as necessidades dos nossos povos e nossas culturas.

Nesse novo período o lado europeu na mesa está representado pelo competente e democrático Ramón Jauregui e o lado latino estará coeso na construção da integração e da solidariedade e transformação da Eurolat definitivamente numa ferramenta construtora da nossa unidade.

Penso ter sido claro e certamente fui breve.