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Requião declara apoio ao jornalista Luiz Carlos Azenha

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O senador Roberto Requião (PMDB/PR) publicou uma manifestação de apoio ao jornalista Luiz Carlos Azenha, editor do blog “Viomundo”, e a todos que fazem um jornalismo independente. Confira a íntegra:

O jornalista Luiz Carlos Azenha, que assina um dos melhores sítios de informação na internet, tem um grave e pelo jeito um insuperável defeito. Azenha não é petista, não é tucano, não é peemedebista. Mas acima de tudo, não é governista. Azenha é um repórter visceralmente obcecadamente um repórter. Fiel ao mandamento máximo dos repórteres que é buscar a verdade dos fatos. Antes de tudo, acima de tudo, a verdade factual, como diz Mino Carta, outro grande repórter.

Inflexível em relação a este princípio, Azenha é frequentemente vergastado tanto pela direita, grande mídia e serviçais, como por ministros, assessores e burocratas do Governo Federal. Censurado e processado. Agora mesmo Azenha foi condenado a pagar R$ 30 mil ao diretor da Central Globo de Jornalismo, o famoso Ali Kamel, por suposta campanha difamatória.

Que campanha difamatória é esta? Azenha explica: em 2006, recém chegado de Nova Iorque onde era correspondente da Globo, ele foi escalado por Ali Kamel para cobrir as eleições presidenciais acompanhando a campanha do candidato tucano Geraldo Alckmin. Com o correr da campanha, Azenha e outros repórteres da Globo, como Rodrigo Viana, Mariana Koch, Cecília Negrão, Carlos Dorneles e o editor de economia da emissora, Marco Aurélio Melo, ficaram incomodados, desconfortáveis com parcialidade da cobertura imposta por Ali Kamel.

A tensão chegou ao ponto de ebulição no caso das imagens do dinheiro com que os tais aloprados tencionavam comprar um dossiê contra o candidato tucano ao governo de São Paulo, o Serra. Azenha teve acesso à gravação da conversa do delegado da Polícia Federal responsável pelo caso e um grupo de jornalistas combinando como vazar as fotos do dinheiro para prejudicar o PT e ele reproduziu a gravação da trama em seu blog.

A Globo, é claro, não gostou. Segundo relata Azenha, enojado com o tipo de jornalismo praticado pela emissora e com a perseguição a colegas que não se dobravam a Ali Kamel, ele pediu demissão. Mas como volta e meia o “Viomundo”, o blog do Azenha, fazia críticas à Globo e revelações sobre os métodos de trabalho de Kamel, o diretor de jornalismo da emissora entrou com um processo contra Azenha considerando as matérias do blog como campanha difamatória.

Como o blog é sustentado por ele mesmo, por seu salário, sem qualquer patrocínio de quem quer que seja, Azenha vê-se na iminência de fechar o “Viomundo”. E anuncia esta disposição. Diz ele: “sou arrimo de família. Sustento mãe, irmão. Ajudo irmã e filhas. E mantenho este site graças a dinheiro do meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores. Cheguei ao extremo do meu limite financeiro”.

O que, obviamente, não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do país. Não é só isto. Vários outros blogueiros estão ameaçados pela mordaça de meia dúzia de famílias que domina, que monopoliza a informação no país.

No Paraná, Tarso Cabral Violin, que tem seu blog processado pelo pessoal do ex-prefeito Luciano Ducci, que aliás perdeu a eleição em Curitiba. Toda a minha solidariedade ao Azenha, ao Rodrigo Viana, ao Paulo Henrique, ao Mino Carta, à revista Caros Amigos. Enfim, a todos que fazem um jornalismo independente em defesa dos interesses públicos, dos trabalhadores, do capital produtivo e fundamentalmente em defesa de um projeto claro para a nação brasileira.

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