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Gás de folhelhos (gás de xisto)

O gás natural convencional é encontrado no subsolo, em reservatórios isolados por formações rochosas impermeáveis e pode estar ou associado ao petróleo. A forma convencional é aquela acumulada em rochas reservatórias de elevada porosidade e permeabilidade, o que permite a “prisão” do gás.

A forma não convencional é encontrada em reservatórios nos quais pode haver ou não a “prisão” do gás. Embora a forma não convencional apresente risco geológico menor, o custo de investimento, até o momento, é bem maior. Quer dizer,   o gás natural não convencional exige métodos mais complexos de extração e, portanto, economicamente menos interessante.

Em síntese: historicamente, são tidos como reservatórios convencionais de gás aqueles cuja extração do produto é considerada fácil, prática e econômica. O gás de difícil acesso, pouco atrativo economicamente, é o gás não convencional, entre eles o de  folhelhos (xisto). Em perspectiva, o gás não convencional pode representar, em escala mundial, importante fonte de suprimento.

Há diversas tipos de gás não convencional, entre eles o de folhelhos ( xisto).

Segundo a Agência Internacional de Energia há na Terra gás natural suficiente para atender a demanda no mundo nos próximos 230 anos.

Os Estados Unidos têm avançado na exploração do gás não convencional. No ano 2000, a produção de gás não convencional  naquele país correspondia a menos de um por cento da demanda.  Em 2012,  já representava 30 por cento da demanda; em 2030, chegará a 50 por cento, prevê-se.

O  assim (erroneamente) denominado gás de xisto é o gás de folhelhos. Os folhelhos são rochas sedimentares laminadas, de granulação fina, de aspecto foliado, daí o vem nome, em folhas.

Os folhelhos oleígenos apresentam determinada porcentagem de material orgânico que se decompõe termicamente, produzindo óleo e gás.

Essas rochas receberam, erroneamente segundo os geólogos,   a denominação de xisto betuminoso, daí gás de xisto, denominação também indevida, conforme os geólogos, porque o xisto é uma rocha que passou por grandes transformações geológicas e não possibilita o surgimento de gás.

Os folhelhos betuminosos produzem óleo de composição semelhante à do petróleo. Rochas britadas são destiladas, aproximadamente a 500 graus, para a liberação de óleo e gás. A destilação permite a obtenção nafta, óleo combustível, gás liquefeito,  óleo diesel e gasolina.

Os Estados Unidos exploram essas rochas desde o século18.

No entanto há intenso debate sobre os impactos ambientais advindos da exploração do gás de folhelhos, já que a técnica usada utiliza substâncias químicas potencialmente perigosas. Proteção dos aquíferos, que podem ser atingidos pela exploração do gás, a destinação da lama produzida pelas perfurações são dois itens ambientais a serem levados em conta.

Embora não existam no Brasil  ainda poços de shale gas , o gás de folhelhos, os aspectos ambientais de sua exploração já preocupam o país.

O Brasil, segundo a ANP,  teria a segunda maior reserva das Terra de folhelhos, quantia considerada superestimada pela  Agência  Internacional de Energia, que nos classifica apenas em décimo lugar em reservas  mundiais.

A abundância de gás de folhelhos nos Estados Unidos e sua exploração é um fator que torna a indústria daquele país mais competitiva, avaliam a Confederação Nacional das Indústrias e o BNDES.

Segundo a ANP, no Brasil são necessários dez anos entre a decisão de investir o início da produção do gás de folhelhos. Nos Estados Unidos o intervalo é de apenas dois anos.

O primeiro leilão de concessões para a produção de gás não convencional está  previsto para outubro. No entanto, não há ainda levantamentos seguros sobre as características físicas das reservas brasileiras de gás de folhelho.

Hipótese: se obtido nas condições em que os Estados Unidos exploram suas reservas, o gás de folhelho poderia inviabilizar a exploração do gás associado ao petróleo do pré-sal, cujo transporte  por gasodutos submarinos será feito a partir de reservatórios distantes até 350 quilômetros da costa.

A pergunta que fica: conseguirá o Brasil explorar o gás de folhelhos a preços competitivo, com o fazem os Estados Unidos?

A Petrobrás acredita que ainda serão necessários dez anos para o início da comercialização de nossas reservas.

(As reservas brasileiras de gás natural são estimadas pela Agência Nacional de Petróleo em 907 bilhões de metros cúbicos. A ANP espera que as reservas provadas de gás natural dupliquem em dez anos)

A “revolução do gás de folhelhos” deverá ter forte impacto sobre a geopolítica mundial. Na petroquímica, por exemplo, a utilização do gás como matéria-prima corresponde a 80 por cento do custo de produção.

Se os Estados Unidos tornarem-se autossuficientes em petróleo e gás até 2025 que impacto isso terá no mundo?

Os Estados Unidos,  que até faz pouco importava gás, poderão se transformar em exportadores de gás e importar menos petróleo. O país tem avançado rapidamente no desenvolvimento de tecnologia de exploração do gás não convencional,  barateando custos e aprimorando a extração do gás.

Some-se a isso que, segundo a Agência Internacional de Energia, Estados Unidos e Canadá deverão produzir 21 por cento mais petróleo em 2018 do que fora previsto em 2013.

O preço do barril de petróleo –em alta, devido as permanentes tensões políticas nos países produtores- favoreceu o investimento da exploração do petróleo a partir de folhelhos, nos Estados Unidos.

Enquanto os países da Opep, que detém mais de um terço da produção mundial, vivem o dilema de aumentar ou diminuir o preço do petróleo, a exploração dos folhelhos nos Estados Unidos avança.

Amplos setores da sociedade norte-americana defendem a busca da autonomia energética, para libertar o país dos inconvenientes políticos e econômicos da dependência dos países da Opep.

Com o avanço das tecnologias de perfuração terrestre de gás natural, cria-se cenário favorável para um boom do setor, dizem os especialistas.

Se, no início, os ambientalistas norte-americanos não se voltaram contra exploração do gás de folhelho, por ser uma alternativa para a geração termoelétrica a carvão –poluidora- hoje a oposição vem se intensificando e vai se espalhar mundo afora. A França já proibiu o uso da chamada “tecnologia do fracionamento hidráulico” das rochas  em seu território, por causa, entre outras coisas, do grande volume  de água usado no método.

Há hoje vasta literatura e documentários sobre os riscos da exploração do gás de folhelho para o meio ambiente.

 

 

 

Um comentário em “Gás de folhelhos (gás de xisto)

  1. Ótimo Senador; “Tudo o que Deus fez é bom para o homem”; Oque deve ser levado em conta é, “se exploraremos nossas jazidas ou apenas olharemos os estrangeiros explorando e vendendo pra nós, “o que já era nosso..?”:Problemas e soluções ‘vão, e voltam; ‘ porém o que tem acontecido é que a cada década que passa ficamos “trilhões mais pobres” e admiradores externos e alheios a tudo isso”; (Graças aos enganadores do Povo, “a abominação desoladora” que se assenta no “lugar Santo..”, (nas Casas de Leis…), até que se esgotem todas as riquezas “da Colônia”;;

    PL 131 do Serra;
    PL do “Tasso Jericosatânico” que abre o capital da Estatais “em bolsas de valores à disposição de estrangeiros”;

    “Assim sendo, “aquele que nos deu a América, (Latina e Anglo-saxônica), já tem se indignado ao extremo da paciência com esses sínicos e hipócritas, “paladinos do “Zepelim Prateado…”(que aliás está visitando a Argentina hoje,, onde quer “um Brasil Forte” indutor da paz mundial”;; (Kkkkkk); (Perguntar não ofende; Você já viu,,,; Pescoço de Jacaré? Coro de Lobisomem? Rastro de Mula sem cabeça? E os EUA apregoarem “Democracia em países estéreis de subsolo, já viu? ” Yo nó”; “Brasil Forte do Obama significa “nesse caso específico…”, “Governo Cara Dura que entrega até o rabo sem tremer as pernas…”; Vai te catar Obama!’;

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