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Delazari pede CPI Estadual sobre o caso Larami

Delazari pede CPI Estadual sobre o caso Larami O Secretario de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, afirmou que a empresa do setor de jogos Larami Diversões e Entretenimento, que venceu a licitação para explorar as videoloterias no Serviço de Loterias do Paraná (Serlopar) em 2001, deveria ser investigada por uma CPI Estadual e já sugeriu a parlamentares paranaenses que tomem esta atitude. “Isso é um negócio fabuloso que rendeu milhões em dinheiro ilícito, fruto do jogo. É uma vergonha. É uma das maiores ‘lavanderias’ de dinheiro do Paraná”, disse. O contrato da empresa foi assinado pelo Serlopar em 2001, durante a administração anterior, com vigência de cinco anos. No entanto, o governador Roberto Requião rompeu o contrato, por decreto, em abril do ano passado, quando a resolução da para a exploração das videoloterias foi revogada. Quando Delazari exercia a função de promotor do Ministério Público Estadual, verificou algumas informações sobre o caso da empresa. Segundo ele, a Larami era uma empresa fantasma, que terceirizou todos os serviços e foi montada em um “fundo de quintal”. As investigações do MPE apuraram que o capital da empresa passou de R$ 5 mil para R$ 500 mil, em 30 dias. O secretario acredita que, além das investigações do MPE, que já estão ocorrendo, o caso deveria ser investigado por outros poderes, como o Legislativo. “É um grande negócio fraudulento e criminoso. Esse escândalo, que veio à tona agora, vai acabar com essa discussão de legalização do jogo”, avaliou. A Larami tem como sócio Carlos Augusto de Almeida Ramos, o “Carlos Cachoeira”, que está envolvido no escândalo do assessor parlamentar da Casa Civil do Palácio do Planalto, Waldomiro Diniz. Alejandro Ortiz, parceiro de donos de bingos no Paraná na exploração de videoloterias off-line, também está envolvido no episódio. “A empresa de Ortiz era uma das maiores fornecedoras de máquinas caça-níqueis e ele, um dos braços da máfia italiana”, afirmou. Segundo a promotora de Justiça Isabel Cláudia Guerreiro, responsável pelo caso, o MPE está concluindo o inquérito sobre as irregularidades da Larami. Quando as investigações acabarem, o MPE entrará com uma ação na Vara da Fazenda Pública contra a empresa. Caso a improbidade seja constatada, os responsáveis terão, por exemplo, de devolver o dinheiro ao patrimônio público, além de não poder mais concorrer a cargos públicos. Agência Estadual de Notícias 19/02/2004