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Audiência pública sobre Mercosul resulta em grande participação popular

Audiência pública sobre Mercosul resulta em grande participação popular

O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes abriu a segunda audiência pública do seminário “O Mercosul e a Crise”, realizada nesta sexta-feira (25) e transmitida ao vivo pela TV Senado. A iniciativa da série de encontros partiu do presidente da delegação brasileira no Parlasul, senador Roberto Requião (PMDB/PR), que coordenou a mesa. A última audiência acontece na próxima sexta-feira (01), às 16h.
“Estamos a dever nas três grandes premissas para o desenvolvimento econômico: poupança doméstica vinculada ao investimento; convergência entre o governo empoderado e o empresariado; e o investimento em gente”, disse o ex-ministro, criticando o sistema de ensino brasileiro.
Segundo ele, é preciso projetos nacionais de desenvolvimento para os quatro países do Mercosul. “Planejamento é essencial. Nenhuma ‘bodega’ sobrevive sem planejamento. A gente não faz manutenção das estradas e depois gasta o dobro para recuperá-las”, exemplificou.
Ciro ressaltou que a agricultura brasileira é a maior do mundo, mas importa 40% dos insumos agrícolas. No setor da saúde, só em compras governamentais, 76% dos produtos têm patente vencida. “Nenhum país do mundo abre mão de ter autonomia no seu complexo de saúde”, disse Ciro, dizendo que muletas e camas de hospital, por exemplo, poderiam ser produzidas no Brasil.
Sobre a crise econômica mundial, o ex-ministro destacou: “Creio firmemente que esta crise é uma oportunidade extraordinária para o Brasil, que tem uma situação privilegiada porque ainda preservamos ferramentas em setores essenciais, como o petróleo e a indústria naval”.
Plano B – O economista Marcio Henrique Monteiro de Castro também defendeu uma estratégia de desenvolvimento. “O Brasil vive num mundo, não vive solto. Os problemas do Brasil estão associados ao resto do mundo. Precisamos de um plano B. Temos que mudar a rota. E muito rápido”, reforçou Castro.
Segundo ele, “o Brasil se despiu de suas defesas. Abriu sua economia, estatizou empresas estratégicas, abriu mão de ter políticas industrial, tecnológica e educacional. O Brasil se despiu de um projeto e da intenção de ser um país grande”.
Castro disse que criação do Mercosul surgiu como forma de abrir a economia brasileira e acreditou-se que os mecanismos do mercado levariam a integração adiante. Para ele, muito pouca coisa foi feita deste então. “O Mercosul é uma página em branco”, avaliou.
Integração – O economista José Carlos de Assis lembrou o seminário “Crise: Desafios e Soluções na América do Sul”, realizado em 2009, em Foz do Iguaçu, pelo então governador do Paraná, Roberto Requião. “Naquela época já dizia que esta crise é maior que a de 1929”, afirmou.
“A crise atual afetou diretamente o coração do sistema capitalista, que é o sistema bancário. Dezenove bancos americanos estavam virtualmente quebrados. E esta quebra virtual provocou quebras reais na Europa”, relatou.
Segundo ele, é o comércio entre Estados Unidos, Europa e Japão que movimenta a economia mundial. Como os três estão em crise, diminuem as importações do Brasil, diminuindo ainda mais o parque industrial brasileiro. “A nossa saída é aprofundar o processo de integração produtiva do Mercosul”, avaliou.
Assis defendeu a austeridade fiscal, ou seja, gastar menos e não cortar investimentos de áreas essenciais, como saúde e educação. Desta forma, o Estado recupera a confiança do empresariado, que tem segurança em investir no país.
Interação – A segunda parte da audiência foi dedicada a responder dezenas de perguntas enviadas por telefone e pela internet. Entre as dúvidas, a duração da crise econômica, como encarar a crise, a relação da corrupção com a crise, redução de impostos, a desindustrialização brasileira, sistema bancário, a entrada da Venezuela no Mercosul, custo da energia elétrica brasileira e a resistência do Governo em adotar sugestões feitas pelos palestrantes.
Programação – Na próxima sexta-feira (01) os convidados serão o presidente do Ipea, Marcio Pochmann; o economista e professor da UnB, Dércio Garcia Munhoz; e João Sicsú, professor de economia da UFRJ.
Também são convidados deputados e senadores, imprensa, estudantes, professores, assessores e o público em geral. O público poderá enviar perguntas pelo telefone 0800-612211 ou pelo twitter @AloSenado.
Saiba mais sobre o ciclo de audiências: http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-mistas/cpcms/noticias/crise-estado-e-desenvolvimento-desafios-e-perspectivas-para-a-america-latina

Foto: Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul debate o tema “Crise, Estado e desenvolvimento: Desafios e perspectivas para a América do Sul”. Mesa: (E/D) economista e presidente do Instituto Mercosul, José Carlos de Assis; presidente da representação, senador Roberto Requião (PMDB-PR); ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes; mestre e doutor em Economia pela Universidade Federal Fluminense (UFFF), Márcio Henrique Monteiro de Castro
Crédito: Jonas Pereira/Agência Senado

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