CE vai discutir acordo ortográfico em audiência pública A Comissão de Educação, Cultura e Esporte, presidida pelo senador Roberto Requião, aprovou nesta terça-feira (13) a realização de nova audiência pública para debater a implantação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que passa a ser adotado em definitivo a partir de 2013 no país. O acordo envolve os países membros da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP). Um dos propositores do debate, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) avaliou que a reforma foi um avanço, porém tímido. Além disso, destacou que há muitas críticas ao modo como foi conduzida a sua discussão. “ Por isso queremos trazer aqui pessoas que contestam a forma como foi feito e o que ficou no acordo, e também os que defendem o resultado como o máximo que se poderia conseguir “, disse o senador. Assinam o requerimento para a audiência, com Cristovam, os senadores Paulo Bauer (PSDB-SC) e Ana Amélia (PP-RS). Os convidados serão posteriormente definidos, assim com a data do evento. Na discussão, o senador Roberto Requião afirmou que o acordo, ao contrário de um avanço, foi um "atropelo". Ele se referia à forma como a proposta foi aprovada no Brasil, a seu ver muito apressada. A reforma envolve mudanças significativas nas palavras e, em vários acasos, até na pronúncia, como destaca o texto do requerimento. O entendimento dos senadores que propõe o debate é de que há necessidade correções no que foi aprovado, para que se alcance o objetivo original de fortalecimento da língua portuguesa. No Brasil, o acordo entrou em vigor em 2009, com quatro anos de adaptação às novas regras, em que tanto a grafia anterior como a nova serão aceitas oficialmente. A partir de 1º de janeiro de 2013, a grafia correta da língua portuguesa será somente a prevista no novo acordo. Atividades simultâneas Apenas outro item da pauta do dia foi aprovado, resultando em parecer pela prejudicialidade do projeto de lei 318/11, do senador Blairo Maggi (PR-MT), para estabelecer proporcionalidade entre o número de estudantes beneficiados e o valor da isenção concedida pela União dentro do Programa Universidade Para Todos (Prouni). Requião se queixou da falta de quórum para exame dos demais itens, que exigiam decisão terminativa . Mais uma vez, ele criticou o acúmulo de atividades na Casa, em horários coincidentes, devido ao excesso de comissões e subcomissões em funcionamento. Com Gorette Brandão / Agência Senado Foto: Lia de Paula / Agência Senado