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Embaixador propõe ampliar fundo para intensificar integração do Mercosul

Embaixador propõe ampliar fundo para intensificar integração do Mercosul

O senador Roberto Requião, presidente da Representação Brasileira no Parlamento do MERCOSUL (Parlasul) trouxe, nesta terça-feira, 20, para audiência pública no colegiado, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães – Alto Representante-Geral do MERCOSUL. A audiência discutiu os entraves que ainda embaraçam o processo de integração no bloco.
Segundo o embaixador, o tema central a ser discutido entre os Países Membros é a redução das diferenças entre eles. Uma das ferramentas para a diminuição das assimetrias, para Guimarães é a ampliação dos recursos do Fundo Estrutural de Convergência do MERCOSUL (FOCEM), melhorando a infra-estrura entre os países do Sul.
O Alto Representante –Geral do MERCOSUL, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães veio ao Senado Federal para um debate sobre desenvolvimento e integração regional. O embaixador, convidado do senador Roberto Requião – presidente da delegação brasileira, respondeu aos parlamentares presentes questões atuais da realidade do Mercado Comum do Sul, considerando a evolução econômica e comercial do bloco, as dificuldades estruturais e o processo de integração entre os países.
No diagnóstico do embaixador, a integração dos países do bloco vai avançar à medida que as diferenças entre eles forem encurtadas e que o bloco deixe de ser meramente comercial, sustentado por acordos aduaneiros, características de sua fundação. Agora, disse o embaixador, ainda mais por causa do momento atual, de crise profunda nas países centrais, e o papel protagonista da China no cenário mundial, o MERCOSUL tem que buscar se consolidar como bloco. Como referência, ele citou a União Européia, o bloco formado pelos Estados Unidos, Canadá, México, a que aderiram alguns países sul-americanos, e um bloco em formação na prática em torno da China, no oriente.
Samuel Guimarães insistiu que, quando o MERCOSUL começou a ser organizado, a China não tinha o papel decisivo de hoje nas relações internacionais e que essa nova realidade deve ser considerada pelos sul-americanos, mesmo porque suas economias têm agora forte dependência dos chineses.
O nosso destino, insistiu o embaixador, é a América do Sul. Ele lembrou que o maior mercado para os produtos industrializados do Brasil é a América do Sul, assim como ele é o maior mercado para os produtos argentinos, uruguaios e paraguaios. Por isso, ele credita na expansão do bloco e que, depois da adesão da Venezuela (para que o país entre só falta a aprovação do Congresso do Paraguai), virão outros países. Além, disso, nações como o Chile e a Colômbia, que mantém acordos comerciais com os Estados Unidos, querem estreitar relações como MERCOSUL.
Mesmo que sem uma infra-estrutura adequada, que facilitasse a integração, o MERCOSUL caminha para a consolidação e o fortalecimento, acredita o Alto Representante do MERCOSUL. Gargalos, deficiências, falhas e “buracos” nas relações fazem parte do processo mas devem, ser rapidamente superadas, disse ele. Diferenças como as de população, território, PIB, que destacam o Brasil dos demais parceiros não podem impedir que o bloco integre-se e se desenvolva, insistiu o embaixador.
O presidente Roberto Requião chama atenção dos presentes para a necessidade de combate aos cartéis e monopólios. Ele defende negociações para conter as medidas protecionistas. “Esse problema deve ser evitado. É necessário diálogo”, argumenta o senador Requião, dizendo que nenhum dos países do bloco deve cair em tentações imperialistas.
O Alto Representante-Geral defende que o principal tema a ser discutido no Parlamento Regional é a ampliação dos recursos do Fundo Estrutural de Convergência do MERCOSUL (FOCEM), importante ferramenta para redução de assimetrias na União Aduaneira.
“Uma empresa privada não pode investir sem energia ou situações de interrupção permanente de energia, sem transporte… Reduzir as assimetrias fortalece a coesão política do bloco de países. Há uma tendência de certos países terem superávit. E essa é uma forma de contrapartida”, explica o embaixador.
A Representação Brasileira no Parlasul volta a se reunir na próxima terça-feira, dia 27.

 

Fotos: Ana Volpe (Agência Senado) e Gil Pereyra (Parlasul)

 

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