O grupo Avaaz, que atua na internet para divulgar e mobilizar pessoas em torno de causas urgentes, está trabalhando pela aprovação do projeto do senador Roberto Requião (PMDB/PR) que proíbe doações empresariais em campanhas eleitorais. O projeto já foi aprovado no Senado mas ainda não seguiu para a Câmara dos Deputados porque o senador Aloysio Nunes (PSDB/SP) recorreu ao plenário.
Como parte da campanha, eles enviaram nesta terça-feira (03) emails para 100 mil membros da comunidade, que estão enviando mensagens e telefonando para os senadores. Mesmo quem não faz parte da comunidade, pode compartilhar informações da campanha nas suas redes sociais e encontrar um formulário pronto para enviar sua mensagem aos parlamentares (link abaixo).
No texto enviado pelo Avaaz, a explicação do projeto e algumas informações importantes: 95% de todas as doações de campanhas para candidatos vêm de grandes empresas como Camargo Corrêa ou Odebrecht. Segundo o grupo, as eleições tornaram-se leilões.
“As empresas fazem esse ‘investimento’ para que, quando os políticos assumirem seus cargos, possam contar com eles para proteger seus interesses. É um abuso absurdo da nossa democracia, e a votação da proposta pode finalmente acabar com essa prática”, diz trecho da mensagem.
O grupo reforça o que costuma dizer Requião: “empresas não votam mas, mesmo assim, doam quantidades enormes de recursos para candidatos de quase todos os grandes partidos para criar canais de acesso permanentes com quem estiver no poder. E, alguns políticos, depois de eleitos e já pensando na reeleição, não ousam recusar pedidos de favores de seus doadores. Pesquisas mostram que a cada 1 real doado, 8,5 reais retornam por meio dos contratos públicos”.
Avaaz – Operando em 15 línguas por uma equipe profissional em quatro continentes e voluntários de todo o planeta, a comunidade Avaaz se mobiliza assinando petições, financiando campanhas de anúncios, enviando emails e telefonando para governos, organizando protestos e eventos nas ruas, tudo isso para garantir que os valores e visões da sociedade civil global informem as decisões governamentais que afetam todos nós.
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