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Não calce as pantufas, não ainda, senhor gigante

imagesQuando as manifestações foram às ruas elas tinham um viés mais social. A grita era por melhores tarifas e serviços no transporte coletivo. Um efeito dominó trouxe para a pauta bandeiras ainda mais sociais, como melhor educação, mais saúde, segurança, e melhor aplicação de nossos impostos. Tudo isso muito social para nossos reacionários.

A vontade social não era bem digerida por aqueles que temiam um levante comunista, as manifestações tornaram-se apartidárias. 

De todos os anseios, o mais palatável para a mídia foi a PEC-37, apelidada da PEC da impunidade. Ninguém nunca explicou nada, nunca se entendeu o que se gritava.

Na minha visão a PEC 37 era a bandeira perfeita para tirar o foco dos verdadeiros problemas de nosso país, a bandeira perfeita para tergiversar o foco da massa de todas aquelas loucuras sociais. Melhor transporte público a preços mais baratos, onde já se viu enfrentar a maior máfia da história do Brasil? Mais saúde, onde já se viu atender melhor a população pobre de nosso país? Mais segurança, onde já se viu deixar o povo com uma sensação de que está tudo bem, e, assim não questionar o Governo? Mais educação, onde já se viu melhorar o ensino público dando acesso aos mais pobres a mais informação e capacidade de crescimento? A PEC37 era o único grito que, se atendido, deixaria tudo como está. 

Sim, o arquivamento da PEC não mudou nada, não gerou automaticamente mais poderes ao MP. O arquivamento da PEC é a vitória do “deixa como está para ver como é que fica”. A matéria é pendente de decisão/julgamento pelo STF.

O gigante foi manipulado por uma mídia esperta, e a PEC foi arquivada por um congresso acovardado que não quis discutir mais a matéria – que necessita ser discutida. A PEC estava mal escrita mas trazia à baila uma matéria de extrema relevância para o Brasil. O Congresso acatou a Bandeira que traria menos mudanças, a voz ouvida foi a voz mais baixa, a voz menos capaz de mudar o nosso Brasil. 

Se o gigante colocar o seu pijama e voltar a deitar-se em berço esplêndido com um sorriso na cara achando que foi vitorioso, tudo foi em vão. Não haverá melhoras no Brasil Nação, não haverá mudanças capazes de ressonarem até 2014. O movimento e as manifestações serão esquecidas e a Revolução poderá sim, a meu ver, ter sido por apenas VINTE CENTAVOS.

Por falar em centavos a baixa na tarifa foi outra tapeação. A baixa no preço se deu por subterfúgios, ninguém reviu a planilha da máfia do transporte coletivo. Os interesses, os verdadeiros interesses dos poderosos foram mantidos. O povo, mais uma vez pagará a conta.

De repente, os até então “vândalos” viraram heróis. Os “atoas” que se manifestavam viraram “o gigante que acordou”. As massas unidas começaram uma revolução. A revolução teve eco, se espalhou e se multiplicou pelo Brasil Continental. A grita estava cada vez mais alta mas começou a ficar dissonante, cada voz tinha o seu tom. As bandeiras sociais assustaram uma parte do “poder”. 

Não se iludam, não se deixem manipular, a vitória das ruas não pode ser apenas esta. A voz do povo não pode ser tão comandada, não percam o foco, não percam a garra. Vamos continuar nas ruas até 2014, ir além, se necessário, vamos revolucionar o Brasil, vamos fazer uma revolução na saúde, na educação, na segurança, e principalmente vamos exigir uma reforma política séria e uma reforma econômica para beneficiar o povo trabalhador, o micro, pequeno e médio empresário ao invés dos bancos, uma reforma para o homem do campo ao invés do agronegócio, o trabalhador e não os grandes sonegadores.

A voz precisa se fazer ouvir. Podemos continuar nas ruas, nas redes sociais, podemos ainda que não seja o melhor, continuar no subconsciente da sociedade. Se pararmos agora nada muda. Se pararmos agora eles ganharam mais uma vez e o povo foi só massa de manobra, foi apenas um rebanho atendendo ao berrante do peão. Não seja ingênuo, as bandeiras são as bandeiras de um melhor Brasil para todos. Vamos gritar contra a meritocracia do capital onde apenas quem tem dinheiro tem acesso a uma vida digna. A grita é, sim, política e é em sua maioria e pureza uma grita social, por uma melhor sociedade com mais educação, saúde, segurança e uma voz política e politizada que lutará contra a corrupção de hoje, passando por 2014 e adiante por um Brasil Nação.

por Maurício Requião Filho
@MRequiaoFilho

9 comentários em “Não calce as pantufas, não ainda, senhor gigante

  1. Olá Senador, sou do RN e acompanho algum tempo a tua História parabéns, pelo o conteúdo, desde já solicito autorização para publicar em meu Blog citando a fote claro.
    Abraços

  2. Prezado Senador Requião, concordo com o Mauricio tudo aquilo que o movimento “Vem pra rua” conquistou até aqui é pouco. PEC 37, mais recursos para Educação e Saúde, mas e as reformas estruturais? Reforma Política e Reforma Tributária, a que eu considero ainda mais importante, porque a classe média que se despertou é a que paga o imposto de renda, os impostos nas pequenas e médias empresas, todos sabem que os grandes por ter força política e financeira não pagam, ou na pior das hipóteses protelam o seu pagamento. Deixar o país voltar ao sono não pode, o Brasil tem de continuar acordado, sem esse golpe de plebiscito para ouvir o povo e deixar as coisas como estão, pois assim passa 2014 e o processo eleitoral não é alterado, porque a lei diz que qualquer mudança tem de ser com um ano antes. Acordo Brasil, Plebiscito é enganação.

  3. Parabéns em expôr a verdade sobre o “gigante acordou”. Como Raniere Barbosa de Lira solicitou, também solicito sua permissão para a publicação via FACEBOOK, já que foi essa rede que promoveu a seguida do berrante.
    PS. Conto com Vossa Excelência em 2014, para o Governo do Estado do Paraná.

  4. Municipalização ou estatização do transporte coletivo já !!! Parar privatizações dos portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, camufladas de concessões, PPP, etc., As grandes empresas e os bancos privados pagarem mais impostos, pequenas e micros menos impostos. Parar esse absurdo de desoneração da folha das grandes empresas. Estatização da Petrobrás, da Vale, das telefônicas; refinarias de petróleo suficientes no Brasil. Criação de um órgão federal para para substituir as empreiteiras, com trabalhadores públicos temporários, gasto com material (tijolos, cimento, etc) a preço de custo resultando em casas mais baratas. Regulamentação da mídia (direito de resposta, etc). Inclusão de propagando dos governos de graça nas TVs privadas (em horário nobre). Tanta coisa pra mudar. Só Requião, com a ajuda de Deus e de um movimento que faça com que ele seja conhecido pelos brasileiros como o candidato natural para presidente em 2014. Viaja Requião, por esse Brasil afora, fazendo palestras em Universidades, Associações, etc.

  5. Se precisar, crie um novo partido, seguindo como base a DSI (Doutrina Social da Igreja (Católica)), em que Economia de Mercado é diferente de Capitalismo; faça um governo de Economia de Mercado voltado para o social, com o Estado como moderador, sem prejuízo para os empresários nem trabalhadores, mas também sem lucro excessivo para as empresas.

  6. Finalizando, crie um novo sistema econômico, que seja modelo para o mundo. Não ao Capitalismo, ao Capitalismo Social de Lula e Dilma, não ao Socialismo de Mercado da China, não a falsa Social Democracia dos Demo-Tucanos. Boa sorte e fica com Deus.

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