Paraná Alfabetizado já alfabetizou 140 mil pessoas Matéria do jornal “Gazeta do Povo” desta segunda-feira (19) mostra os avanços que o Paraná teve na erradicação do analfabetismo. O programa “Paraná Alfabetizado”, implantado na gestão de Roberto Requião (2003-2010), é citado com um dos responsáveis pelos bons índices alcançados pelo Estado. O técnico pedagógico da Secretaria de Estado da Edu­cação, João Carlos de Oliveira, foi ouvido pelo jornal e contou que desde que o “Paraná Alfabetizado” foi implantado, em 2004, o pro­­grama já alfabetizou cerca de 140 mil pessoas. Segundo a reportagem, desde 2007, o Ministério da Educação (MEC) reconhece como municípios livres do analfabetismo aqueles que conseguem atingir uma taxa inferior a 4% de pessoas não alfabetizadas na população com 15 anos ou mais de idade. Ao todo, segundo o Censo 2000, o país tinha 64 cidades que conseguiram erradicar o analfabetismo, três delas no Paraná: Quatro Pontes, Entre Rios do Oeste e Curitiba. Na Comissão de Educação do Senado, o ministro Aloizio Mercadante já tinha se referido aos bons resultados da educação paranaense, sob a gestão de Requião, indicando o Estado como referência para o país. Um dos índices paranaenses destacados por Marcadante foi a taxa de crianças não alfabetizadas com oito anos de idade: o Paraná, entre 2003 e 2010, obteve a menor taxa nacional de não alfabetizado nesta faixa de idade: 4,9%. Segundo o ministro, o grande desafio para a erradicação do analfabetismo no país é exatamente a diminuição do número de crianças que não sabem ler e escrever. Mercadante comparou os números do Paraná com outros Estados, onde essa taxa ultrapassa os 30% e disse que seria o caso de enviar técnicos do MEC ao Paraná, para aprenderem como o Estado obteve um índice tão expressivo. EJA – Especialistas ouvidos pela “Gazeta do Povo” afirmaram que um fator que contribuiu diretamente para a queda do índice foi a universalização do ensino público nos últimos anos. “A Educação de Jovens e Adultos (EJA) nos municípios e os programas de alfabetização ainda têm um papel fundamental”, diz o texto, que cita como exemplo Ponta Grossa, que reduziu de 5,71% para 3,3% a sua taxa de analfabetismo. Maringá também é citada pela reportagem. Lá, a taxa de analfabetismo caiu de 5,39% para 3,3%. A secretária de Educação de Marin­­gá, Edith Carvalho, disse ao jornal que a cidade se tornou livre do analfabetismo devido a uma parceria com o governo do estado, por meio do programa Paraná Alfa­betizado. “Foi a união dessas forças que proporcionou a erradicação”, assinalou. 380 cidades – A reportagem explica que o programa estadual Paraná Alfa­betizado conta com­­ equipes de educadores voluntários em mais de 380 cidades do Estado. Parte dos recursos vem do Mi­­nistério da Educação (MEC). “Diferentemente dos programas de EJA, em que os professores recebem o salário da categoria no mu­­nicípio, as equipes do Paraná Alfa­betizado contam com bolsas-auxílio que variam entre R$ 280 e R$ 540”, detalha o jornal. Foto: Formatura em Matelândia