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Requião defende ferrovias e propõe novo modelo de desenvolvimento

Requião defende ferrovias e propõe novo modelo de desenvolvimento

O senador Roberto Requião foi um dos debatedores do 1º Seminário de Ferrovias de Chapecó (SC), que reuniu nesta sexta-feira, 8, representantes do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, para discutir a construção da Ferrosul, ferrovia de integração dos quatro estados e o sistema ferroviário nacional. Em sua intervenção no encontro, Requião vinculou a construção de ferrovias no Brasil à proposta de um novo modelo econômico para o país.
Segundo o senador, o investimento em infra-estrutura, incluindo-se aí as ferrovias, tem a ver com a concepção de um modelo de desenvolvimento, que persegue a construção de um país forte, bem estruturado, independente e tecnologicamente avançado. Requião contrapôs a isso o que ele chamou de “delírio e patifaria” do trem bala, um projeto megalomaníaco e absolutamente desvinculado do esforço de dotar o país de uma infra-estrutura que impulsione o seu desenvolvimento.
Em sua intervenção, Requião fez uma análise da crise financeira global que explodiu em 2008, buscando suas origens e apontando saídas para o Brasil. Para o senador, foi a busca alucinada por lucros fartos e fáceis que levou o mundo ao desastre. A financeirização da economia, o congelamento dos salários, o abandono do planejamento e da inovação tecnológica criaram as condições para a explosão. “A especulação financeira, a jogatina das bolsas reinaram sobre todas as atividades”, concluiu Requião.
Segundo o senador, o Brasil escapou dos efeitos mais destruidores da crise porque os bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES), por decisão do então presidente Lula, liberaram créditos para que a economia pudesse continuar girando e as exportações de commodities de grãos e minérios ajudaram o país a se contrapor à quebradeira financeira internacional.
No entanto, advertiu o senador, isso não é o suficiente para manter o país crescendo, distribuindo rendas, aumentando salários. “A primarização da economia, produzindo e exportando grãos e minérios, é porta para o atraso, para a regressão. Além do que, as commodities não vão ter preços favoráveis e mercados eternamente”.
Requião criticou anda a política cambial, os juros altos, a falta de investimentos em infra-estrutura, tanto da parte do governo como da iniciativa privada, e em inovação tecnológica e a desindustrialização por que passa o país. E deu este dado preocupante: do ano 2002 para cá, o real teve uma valorização de 40 por cento, as importações cresceram cem por cento, e as exportações apenas cinco por cento.
A saída, disse o senador, é a busca de um caminho próprio, nacional, para o desenvolvimento, com fortes investimentos em infra-estrutura, com uma política industrial que busque a inovação tecnológica, com a redução dos juros, com o controle do câmbio, com aumentos salariais que propiciem o fortalecimento do mercado interno, com o controle da especulação financeira e a entrada e saída de capitais.
Requião concluiu sua intervenção fazendo uma conclamação: “Sim aos investimentos em infra-estrutura, em ferrovias; não à patifaria do trem-bala. Sim ao financiamento à produção; não ao financiamento com dinheiro público à fusão de supermercados”