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Requião diz a novo delegado no Mercosul que integração deve ultrapassar retórica

Requião diz a novo delegado no Mercosul que integração deve ultrapassar retórica

Na sabatina realizada pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, para votar a indicação da presidente Dilma Roussef do diplomata Ruy Carlos Pereira como delegado permanente do Brasil no Mercosul, o senador Roberto Requião insistiu que a integração com os países vizinhos precisa ultrapassar as declarações de intenção, transformando-se em realidade. Como exemplo dos embaraços existentes, Requião citou a ponte, construída por ele há 18 anos, entre o município paranaense de Capanema e o município argentino de Andrecito, que até hoje funciona de maneira precária, porque a alfândega entre os dois países ainda não foi instalada.
O senador do Paraná, que também preside a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, disse acreditar que a nomeação do delegado permanente do Brasil possa tornar mais acelerados os atos de integração. Para ele, a unidade sul-americana é uma das chaves para que os países da região enfrentem e contornem a crise financeira mundial, buscando um caminho próprio para o desenvolvimento nacional.
Requião anunciou ainda que, no próximo dia 29, o Parlamento do Mercosul reúne-se em sessão plenária, em sua sede em Montevidéu, Uruguai, para a posse das representações dos países membros. Dessa forma, afirmou, a integração dos países da região dá mais um passo importante.
Antídoto contra a crise
Questionado pelos senadores da Comissão de Relações Exteriores, o diplomata Ruy Carlos Pereira concordou que o Mercosul poderá dar aos países que o integram proteção contra “o tsunami econômico e financeiro que se aproxima”. Pereira, que já trabalha há cinco anos como cônsul-geral do Brasil em Montevidéu, também acredita que a crise econômica mundial ressalta a importância da integração continental.
-Temos uma oportunidade histórica pela frente. Vamos primeiro levantar os diques das fronteiras externas do Mercosul e então superar os obstáculos que ainda encontramos internamente à integração, superando isto que se convencionou chamar de união aduaneira imperfeita”, disse o delegado.
O comércio entre os quatro países do Mercosul, lembrou ainda o embaixador, pulou de US$ 1 bilhão em 1990 para US$ 44 bilhões de 2010. O forte crescimento, como observou, tem "especial importância" para a economia brasileira, uma vez que 93% dos produtos vendidos pelo Brasil aos demais países do bloco são de alto valor agregado.
Pereira ressaltou ainda o compromisso assumido pelo bloco no final do ano passado com a implantação de um programa de cidadania do Mercosul. Em sua opinião, faltam ainda ao Mercosul "um rosto, uma fotografia, uma carteira de identidade". Além do comércio, observou, a integração deve beneficiar os habitantes dos países que integram o bloco e abrir caminho para o que chamou de "sentido de pertencimento".
– Nos próximos 10 anos, vamos cuidar da construção dessa cidadania, para que, quando o Tratado de Assunção vier a completar 30 anos, tenhamos o cidadão do Mercosul – defendeu Pereira.