O senador Roberto Requião (PMDB/PR) voltou e afirmar que se o PMDB não lançar candidato próprio ao Governo do Paraná nas eleições deste ano, o atual governador tem grandes chances de ser reeleito. E mais: a presidente Dilma Rousseff ficará sem palanque no Estado. Confira abaixo a entrevista de Requião a Elizabete Castro, jornalista do portal Vanguarda Política:

“Se eu for candidato, o quadro da eleição muda da noite para o dia”. A previsão é do senador Roberto Requião (PMDB) que, em entrevista ao Vanguarda,  afirma que ainda não é pré-candidato ao governo nas eleições deste ano, mas que está à disposição do PMDB como única alternativa para um terceiro mandato do partido no Palácio Iguaçu.
“Se me derem a legenda, damos o governo do estado mais uma vez para o PMDB do Paraná. Abro mão da minha posição confortável no Senado para entrar na disputa”, afirmou o senador, que vê na candidatura ao governo não apenas a única possibilidade de impedir a reeleição do governador Beto Richa (PMDB) como também a oportunidade de a presidente Dilma Rousseff (PT) ter o apoio do partido no estado para o projeto do segundo mandato.
Para Requião, não existe a menor chance de o PMDB apoiar a candidatura da ex-ministra Gleisi Hoffmann ao governo. “Se não tiver candidatura própria, o PMDB vai apoiar o Beto Richa e não a Gleisi.  E não existirá apoio à Dilma sem candidatura própria. Não tem como apoiar Beto e Dilma”, afirmou o senador. Ele classifica como “estratégia suicida” o pensamento reinante em alguns setores do PT que pensam ser possível ter o apoio do PMDB contra Beto Richa. “Eles estão se preparando para uma cerimônia de Haraquiri. É o suicídio definitivo que virá dessa tática tola do Paulo Bernardo”, provocou o senador, referindo-se ao ministro das Comunicações e marido de Gleisi.
O aceno que o PT tem feito oferecendo a vaga de candidato a vice-governador ou ao Senado para o PMDB é mais uma amostra do equívoco da estratégia, aponta Requião.  “É só uma tentativa de compor com o Pessuti, que não vai a lugar nenhum. Pessuti não tem apoio. Perde a convenção”, disse.
Para Requião, a proposta da pré-convenção defendida pelo presidente estadual do PMDB, deputado federal Osmar Serraglio, pode ser interessante dependendo de qual seria o colégio eleitoral. ˜Tudo depende de como se faz, quem vai votar. Pode ser interessante ou tapeação”, opinou.
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